Coisas da Vida

Não te percebo. Sinceramente, não percebo a dualidade de atitudes, nem muito menos a tua discrepância de conceitos. Não entendo sinceramente como é que quando alguém doente diz que não quer essa cura, mas quer uma cura igual a essa. Confuso? A quem o dizes...
Se há dias em que és uma miragem, se há dias em que almejar sentir-te viva já é um prémio, que dizer dos dias em que nem à porta bates quando te vejo entrar de rompante, sem explicações nem porquês da súbita mudança de atitude de um momento para o outro.
Hoje levantei-me mais cedo, saí de casa de baixo de chuva, não sabendo se te encontraria, ou se me deixarias na mão, mais uma vez... Hoje fizes-te a pena levantar-me cedo, fizes-te valer a pena lembrar-me de ti.
Posso dizer agora que até consigo vislumbrar debaixo do teu véu de dúvidas, algumas razões dessa dualidade. Se eu não te procurei, se eu só me lembrei de ti quando a saudade e a insaciável vontade de ter me encurralaram de novo, como posso eu exigir que venhas tu a mim? Não basta admitir "Quero-te de volta, preciso de ti..." ? 7
Existe uma revolta que o universo gera em mim. Chamem-me eterno sonhador, mas eu sonho que expressões como “amo-te” ou “adoro-te” surgirão apenas de quem as sente e não mais que isso. Na verdade preciso de ver isso no mundo e de idealizar se tento contigo, ou sem ti.

Resmindo, felicidade, quando quiseres dar um ar da tua graça, vem, preciso de te ter de novo.

(Era só pa vocês pensarem que estava a falar duma gaja, mas afinal não! Quem caiu que o diga... Buzz, sei que tu caís-te não vale mentir!)